segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Inclusão Digital

Refletir a respeito da expressão Inclusão Digital pode nos proporcionar vários questionamentos os quais, muitas vezes, levam às respostas que estão relacionam a Inclusão Digital com a democratização do acesso às tecnologias da informação, de forma a permitir a inserção de todos os indivíduos na chamada sociedade da informação.
Mas o que é estar incluído digitalmente? É o mesmo que estar ou ser incluído socialmente?! Mas será que existe alguém incluído em algum processo? Ou excluído do mesmo? É inclusão social... É exclusão social...
São essas e muitas outras questões que são levadas em conta quando ocorrem discussões com estas e outras temáticas.
Para alguns existem sim os chamados incluídos/excluídos. No entanto, outros acreditam que tal nomenclatura não se faz mais pertinente na sociedade atual. Então, será que uma exposição torna-se mais suave, mais correta quando, ao invés de se utilizar os termos inclusão/exclusão, passamos a utilizar outras palavras, como por exemplo "inserção"? Ou seja, inserção social, inserção digital...
Bom! Vou colocar a palavra INCLUSÃO entre aspas para que, então, eu possa realizar, em PAZ, a minha reflexão acerca desta temática. Isso porque para alguns o termo Inclusão pode ser um Conceito (definição com fundamentação científica), uma Noção (idéia a respeito de algo) ou um Discurso (defesa, ideologia de caráter impositivo, convencimento de uma idéia).
Acredito que "Inclusão Digital" não se resume, apenas, em ações que disponibilizem o acesso às tecnologias como criação de telecentros comunitários, disponibilização de maquinários (computadores) nas escolas, entre outros. Vai muito além destas ações... É disponibilizar, também, recursos de forma a garantir o acesso dos indivíduos ás tecnologias apresentadas aos mesmos. É trabalhar a "Inclusão Digital" nas várias dimensões que existem, tais como: política, social, cultural (acessar, entender, desenvolver e produzir) e tecnológica. Sendo esta última, através do Software Livre (SL).
Seja qual for o nome atribuído, os projetos ligados à "Inclusão Digital" devem priorizar todo o conjunto de ações a fim de tornar o cidadão livre e consciente acerca da diversidade de ambientes tecnológicos e sobre o que tais ambientes podem proporcionar ao seu desenvolvimento cognitivo. E não como, no caso dos "excluídos" (pobres), meio de obtenção de conhecimento que o indivíduo, pertencente à esta classe social, tenha que se adequar para sua inserção na sociedade. Diferente do filho do rico, o qual já nasce num meio social com uma multiplicidade tecnológica ao seu serviço.
Enfim, por se tratarem de projetos que buscam uma integração entre as pessoas e a transformação desses indivíduos em sujeitos portadores de dinâmicas positivas, ou seja, todos tem potencialidades que podem, e devem, ser aproveitadas, torna-se interessante utilizar a denominação
Integração Digital dado o caráter mais abrangente da expressão. Tudo junto com a valorização da troca de informação, o reconhecimento dos Centros como facilitadores ágeis e eficientes da circulação de conhecimentos e serviços a fim de favorecer uma aprendizagem recíproca.

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